sábado, abril 13, 2013

Honda Lead 110

Salve,

Parece que foi ontem, mas já faz um ano que estou andando de Joaninha. Não estranhe, esse é o nome que dei a ela, por ser preta, vermelha e redondinha. Enfim, ela lembra o inseto fofinho.

Na ocasião eu precisava de uma moto (ou similar) pra uso diário, que fosse econômica e prática, e nessa categoria não faltam opções. Inicialmente me veio à cabeça uma moto usada, uma "Titanzinha", ou uma YBR, mas comprar moto usada boa é uma tarefa das mais difíceis. Quando se acha uma boa é muito cara.

Então comecei a alimentar a idéia de pegar algo 0km, e nessa categoria não faltam opções: Titan's, YBR, Yes, Biz, Crypton, etc. Foi só então, numa visita a uma concessionária que vi a Honda Lead 110 de perto, pois até então não tinha visto uma na minha frente. Até ali nunca tinha pensado em comprar um scooter, mas ela me chamou mesmo a atenção.

Algumas coisas que gostei:
  • Freio a disco;
  • Injeção eletrônica;
  • Freio combinado;
  • Requinte no acabamento;
  • Bagageiro que mais parece uma porta-malas;
  • Porta-trecos;
  • Bom porte, pois apesar de baixinha, ela é bem "gordinha", parece maior que a Biz;
  • Transmissão CVT (sem marchas e embreagem);
A partir daí fui investigar sobre essa categoria, sobre os scooters. Eu já sabia que em muitos países da Europa e da Ásia os scooters são amplamente utilizados, e fui investigar as vantagens.

É preciso entender que um scooter é um tipo particular de motocicleta, que possui características bem diferenes das motos:
  • Posição de pilotagem: no scooter você vai sentado, na moto vai montado;
  • Potência e desempenho: não é prioridade nos scooters, logo não espere sair levantando a roda dianteira, nem altas velocidades;
  • Proposta: locomoção diária básica, não é uma utilitária, ótima pra trajetos curtos, não é segura para viagens ou para trafegar por vias rápidas;
  • Conforto: oferece grande proteção aerodinâmica, desvia o vento e não deixa molhar os pés (ótimo para quem usa sapatos), banco largo;
  • Suspensão: o calcanhar de Aquiles dessa categoria, as rodas pequenas e o curso curto da suspensão pede vias bem pavimentadas, senão é pulo e pancada na certa;
  • Praticidade: grande espaço para bagagens, capacetes, capas de chuva, compras, trecos, etc.


Um scooter serve pra mim?

Se precisa de um meio de transporte com essas características, e se o trajeto que você faz é seguro e bem pavimentado, um scooter é uma ótima opção para você!
Agora, se você precisa de um veículo para uso mais "hard", se anda com garupa, pára e anda, e em ruas brasileiras (ruas brasileiras = ruas esburacadas), esqueça! O scooter não te serve. E não adianta reclamar, não é defeito, é questão de característica mesmo.

Sobre a Honda Lead

Sobre a minha Honda Lead, apesar de ter sido 0km tirada em 2012, é ano/modelo 2010, Limited Edition (LE), a concessionária tinha três em estoque, devidamente guardadas e bem cuidadas. Acabei fazendo um  bom negócio, pois paguei preço de usada numa 0km, e isso com garantia e tudo mais.

Neste ano de união, nada a reclamar. Rodo em média 20 km por dia, entre idas e vindas ao trabalho e outros percursos, é econômica e prática, como um scooter deve ser. No bagageiro sempre vai muita coisa além do capacete: jaqueta, luvas, agenda, pente, carregador de celular, e eventualmente até alguma compra.
Para carteira e alguma outra miudeza temos o porta-luvas no escudo frontal, e ainda um gancho para pendurar sacolas, espaço não falta. Ficar com os pés e pernas abrigados da poeira e da água também é importante pra mim que trabalho "engomadinho".

Até agora nenhum defeito, nenhuma quebra, só troca do óleo nas revisões obrigatórias. A transmissão automática não requer manutenção periódica e recomenda-se a troca da correia aos 20.000 km. As trocas de óleo são recomendadas a cada 4.000 km, e apesar de a Lead ter refrigeração líquida e do óleo não ser usado para lubrificação da embreagem e marchas, o que aumenta sua vida útil, eu acho essa marca alta demais. Pretendo seguir trocando a cada 3.000 km.

Resumindo, eu estou satisfeito com a compra! Hoje ando mais de Lead do que de carro e pra trocá-la, só por um scooter maior!

Té+

sexta-feira, abril 12, 2013

Tadinhos!

Salve,

Veja que "bonitinha" a fala do coordenador da Vara de Infância e Juventude do TJ-SP, Sr. Antonio Carlos Malheiros fala sobre a redução da maioridade penal. Coloco algumas ponderações PESSOAIS destacadas.

Debate mais amplo não interessa à sociedade


Na avaliação do coordenador da Vara de Infância e Juventude do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), Antonio Carlos Malheiros, cada vez que o debate sobre a violência cometida por adolescentes revolve a redução penal, a discussão é tratada, analisou, unilateralmente.
"Cada vez que acontece um caso como o desse do Belém, fica apenas a monstruosidade da infração. Mas a miséria material que gera outros tipos de miséria, que desagrega a família e leva essa meninada para as ruas, para o crack --altamente destrutivo--, isso , para a grande sociedade, não interessa", observou.
Não concordo e nunca vou concordar. Não sou catedrático no assunto, mas pessoalmente acho que a delinquência é em GRANDE PARTE sustentada pela CERTEZA DA IMPUNIDADE SIM, inclusive no âmbito familiar (lembra dessa baboseira de não dar palmadas?).  O que está aí é uma geração de crianças a e adolescentes sem limites. Tive criação rígida, na base da palmada, e não creio que tenha alguma sequela física ou psicológica por isso. Me julgo um cidadão de bem.

O desembargador disse acreditar que casos como o do universitário deverão acelerar mudanças na maioridade, a cuja proposta de redução defendida por setores da sociedade ele se posiciona contrário. A redução da maioridade está criando asas cada vez mais poderosas; vai voar por aí já, já. Mas na minha caminhada pelas favelas, certo dia, encontrei um garoto de 15 anos com um [revólver] 38 na cinta. Trabalhava para um traficante desde os oito anos, na zona norte da cidade. Tentei convencê-lo, mas ele me disse o seguinte: "Não chego aos 18 anos. Mas a dignidade que a sociedade não me deu, aqui eu consegui. O que dizer?"
Meninão esperto esse que o coordenador encontrou né? Que frase comovente: "Não chego aos 18...", pela minha interpretação, se esse jovem tem capacidade de entender tal circunstância, também teria pra entender que poderia estar na escola (essa dignidade o estado oferece sr. coordenador!) e trabalhando regularmente. Ah! Esqueci, adolescentes não podem trabalhar né?? O art. 403 da lei 10.097 diz:"É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos". Vai lá explicar isso pro traficante que "recrutou" ele desde os 8 anos! Na boa, PAPO FURADÍSSIMO! Trabalhar não mata ninguém (no tráfico mata!) e ainda ENSINA, SOCIABILIZA e DIGNIFICA.

Em resumo, a "meninada" pode roubar, pode matar, pode votar, mas não podem levar palmadinhas,  e nem trabalhar, tadinhos! Só podem ser submetidos a medidas "sócio educativas", lindo não? Queria ter 15 de novo...