sexta-feira, abril 12, 2013

Tadinhos!

Salve,

Veja que "bonitinha" a fala do coordenador da Vara de Infância e Juventude do TJ-SP, Sr. Antonio Carlos Malheiros fala sobre a redução da maioridade penal. Coloco algumas ponderações PESSOAIS destacadas.

Debate mais amplo não interessa à sociedade


Na avaliação do coordenador da Vara de Infância e Juventude do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), Antonio Carlos Malheiros, cada vez que o debate sobre a violência cometida por adolescentes revolve a redução penal, a discussão é tratada, analisou, unilateralmente.
"Cada vez que acontece um caso como o desse do Belém, fica apenas a monstruosidade da infração. Mas a miséria material que gera outros tipos de miséria, que desagrega a família e leva essa meninada para as ruas, para o crack --altamente destrutivo--, isso , para a grande sociedade, não interessa", observou.
Não concordo e nunca vou concordar. Não sou catedrático no assunto, mas pessoalmente acho que a delinquência é em GRANDE PARTE sustentada pela CERTEZA DA IMPUNIDADE SIM, inclusive no âmbito familiar (lembra dessa baboseira de não dar palmadas?).  O que está aí é uma geração de crianças a e adolescentes sem limites. Tive criação rígida, na base da palmada, e não creio que tenha alguma sequela física ou psicológica por isso. Me julgo um cidadão de bem.

O desembargador disse acreditar que casos como o do universitário deverão acelerar mudanças na maioridade, a cuja proposta de redução defendida por setores da sociedade ele se posiciona contrário. A redução da maioridade está criando asas cada vez mais poderosas; vai voar por aí já, já. Mas na minha caminhada pelas favelas, certo dia, encontrei um garoto de 15 anos com um [revólver] 38 na cinta. Trabalhava para um traficante desde os oito anos, na zona norte da cidade. Tentei convencê-lo, mas ele me disse o seguinte: "Não chego aos 18 anos. Mas a dignidade que a sociedade não me deu, aqui eu consegui. O que dizer?"
Meninão esperto esse que o coordenador encontrou né? Que frase comovente: "Não chego aos 18...", pela minha interpretação, se esse jovem tem capacidade de entender tal circunstância, também teria pra entender que poderia estar na escola (essa dignidade o estado oferece sr. coordenador!) e trabalhando regularmente. Ah! Esqueci, adolescentes não podem trabalhar né?? O art. 403 da lei 10.097 diz:"É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos". Vai lá explicar isso pro traficante que "recrutou" ele desde os 8 anos! Na boa, PAPO FURADÍSSIMO! Trabalhar não mata ninguém (no tráfico mata!) e ainda ENSINA, SOCIABILIZA e DIGNIFICA.

Em resumo, a "meninada" pode roubar, pode matar, pode votar, mas não podem levar palmadinhas,  e nem trabalhar, tadinhos! Só podem ser submetidos a medidas "sócio educativas", lindo não? Queria ter 15 de novo...

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